PROJETO DE CORPOREIDADE

PROJETO DE INTERDISCIPLINARIDADE CORPORAL

Projeto de corporeidade elaborado pelas professoras Adriana Sobral, Joselma Rodrigues e Rita de Cássia Pinto.



INTRODUÇÃO

O presente projeto tem por objetivo desenvolver formas de relacionar os conteúdos curricular com Educação e Corporeidade nas séries iniciais discutindo os movimentos do corpo, com o propósito de investigar o desenvolvimento das ações realizadas pelos alunos de forma interdisciplinar apresentamos como estratégia de ensino os conteúdos aplicados a atividades corporais teóricas-práticas que servem como ponto de partida para pesquisa. Entendendo que o desafio da Educação em todos os níveis, seja da educação infantil ao ensino superior, está em proporcionar ao aluno a interdisciplinaridade, acreditamos que as intervenções contribuíram para as reflexões a cerca da articulação necessária às ações pedagógicas, seja no âmbito da comunidade acadêmica, ou voltado para a sociedade em geral. A análise das respostas dos trabalhos realizados aponta para a compreensão das contribuições de caráter motivacional, lúdico e interdisciplinar, verificada através da expressão corporal, coordenação motora, percepção especial e temporal, e lateralidade.


JUSTIFICATIVA

As discussões sobre a interdisciplinaridade e corporeidade não são recentes e, apesar de haver controvérsias quanto ao seu significado, está bastante difundida e aceita nos meios científicos e pedagógicos, sendo proposta como um dos princípios pedagógico-científicos fundamentais em muitos cursos e/ou reformas curriculares na busca de soluções para diversos problemas educacionais. Apesar disso, permanecem dúvidas acerca de como ela tem sido entendida pelos profissionais de ensino, se ela tem sido mesmo posta em prática e sob que formato. A partir daí, os objetivos que orientam este projeto são: compreender o lugar ocupado pela interdisciplinaridade no âmbito escolar contemplando a corporeidade.


ABORDAGEM TEÓRICA

Maria Montessori defendia que o caminho do intelecto passa pelas mãos, porque é por meio do movimento e do toque que os pequenos exploram e decodificam o mundo ao seu redor. “A criança ama tocar os objetos para depois poder reconhecê-los”, (1945). Muitos dos exercícios desenvolvidos pela educadora – hoje utilizados largamente na Educação Infantil – objetivam chamar a atenção dos alunos para as propriedades dos objetos (tamanho, forma, cor, textura, peso, cheiro, barulho).

Para Freire (1991 “A aprendizagem formal, está presente de corpo inteiro. Pois o ser que pensa é também o ser que age e que sente”. O sujeito realiza-se e se constrói movido pela intenção, pelo desejo, pelos sentidos, pela emoção, pelo movimento, pela expressão corporal e criativa.


DESENVOLVIMENTO

Os conteúdos que trabalham a corporeidade nas séries iniciais da Educação desenvolvem o psicomotor da criança: esquema corporal, equilíbrio, coordenação, estruturação espaço-temporal, lateralidade e ritmo. Desenvolvimento de habilidades básicas: atividades rítmicas, brinquedos cantados. Atividades de expressão: dramatização, sessão historiada. Jogos: funções, tipos e classificação.

“O jogo é para a criança um fim em si mesmo, ele deve ser para nós um meio de educar, de onde seu nome jogo educativo que toma cada vez mais lugar na linguagem da pedagogia maternal”. (Girard, 1908, p 199).

Sabemos que as atividades que envolvem a corporeidade e o lúdico sempre despertam interesse ao ser humano seja por esporte ou diversão. Um exemplo é que entre os primitivos as atividades como: dança, caça , pesca e as lutas eram tidas como motivo de sobrevivência e muitas vezes eram restritas ao divertimento e ao prazer. As crianças nos jogos participam de empreendimentos técnicos e mágicos. O corpo e o meio, a infância e a cultura adulta fazem parte de um só mundo. Caracterizando a própria cultura, e a educação representando a sobrevivência. A educação lúdica integra uma teoria profunda e uma prática atuante. Seus objetivos, além de explicar as relações múltiplas do ser humano em seu contexto histórico, social, cultural, psicológico, enfatizam a libertação das relações pessoais, passivos técnicas para as relações reflexivas criadoras, inteligentes, socializadoras, fazendo do ato de educar um compromisso consciente intencional, de esforço sem perder o caráter de prazer e de satisfação individual e modificador da sociedade.


OBJETIVOS

Geral: Apresentar aos educadores a importância de trabalhar a corporeidade nas séries iniciais como forma interdisciplinar.

Específico: Identificar os aspectos da corporeidade interdisciplinar nas séries iniciais.


METODOLOGIA

Música, contação de história e mímica. - Língua Portuguesa

Jogos, tangran, pinturas e colagens.- Matemática

Movimentos do corpo (dança e ginástica). - Ciências

Teatro de bonecos e fantoches. - Geografia e História

A Disciplina Artes está inserida nas atividades de todas as disciplinas.



AVALIAÇÃO


A avaliação é importante tanto para o professor quanto para o aluno: para esse é importante conhecer os resultados de seu esforço e desempenho, não somente pela satisfação da atividade lúdica e corporal como do desenvolvimento da aprendizagem, mas especialmente pelo significado do conhecimento de suas capacidades para futuras aprendizagens; a avaliação torna-se uma análise reflexiva da ação pedagógica do professor.Qualitativa: convívio em grupo, comunicação, afetividade, curiosidade e habilidade.Quantitativa: criatividade, contação de história, leitura, interpretação e produção do conhecimento.


MENSAGEM

“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”(Cora Coralina, 2000).



REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Paulo Nunes, O ensino globalizante em dinâmica de grupo, p.10-23, 1ª edição. Saraiva SP 1973.Educação Lúdica, técnicas e jogos pedagógicos, p. 05-11, 1ª edição. Loyola, SP 1974.

ALVES, Rubem, Historia de quem gosta de ensinar, p. 01-16, 1ª edição. Cortez SP 1984.

DALLANHOL, Kátia. BIANCHINI, Maria. Algumas características do desenvolvimento psicomotor pra faixa etária de 3 a 6 anos e suas implicações para o trabalho de musicalização, p. 23-30, 1ª edição. Florianópolis: FCC, 1990.

SANTIN, Silvino. Educação física: da alegria do lúdico a opressão do rendimento, p. 10-15, 1ª edição. Porto Alegre: edições EST/ESEF, 1996.
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